Eu e Letícia Parente…
Bem, meu nome é Cristiana, nome que Letícia escolheu para uma de suas filhas… Isso já me arrepia por si só. Parece um chamado de mãe mesmo… Vai saber?
Bachelard une mulheres fortes no Brasil, e eu não quero mesmo desdenhar a missão que estou recebendo dessas buscas e difusão.
Deus que me livre se eu desobedeço aos espíritos (agora realmente as entidades superiores e ocultas – muitos risos), vai que não consigo acabar minhas pesquisas, escrever minha dissertação, etc? Melhor respeitar e seguir o que essa força deonde não sei que surgiu, mas seguir.
Quero seguir, principalmente, e acima de tudo, nesse espaço e, no caso o meu coração, agora realmente sem brincadeiras.
Quando comecei a buscar material sobre e para estudar algo sobre Bachelard, epistemologia do conhecimento e formação do espírito científico, fui me deparando com um material muito rico da professora Letícia Parente, quem inclusive orientou outra referência minha que foi a professora Alice Casimiro Lopes.
Nessa busca, esbarrava com suas referências que envolviam suas dissertações, seus livros, suas produções, mas muito pouco achava em internet disponível.
Foi quando esbarrei em outra Letícia (que como Bachelard, tinha várias facetas), que seria a artista plástica, escritora, etc.
Fiquei encantada, procurei seus filhos e encontrei o André, que também é professor da UFRJ da área de Comunicação, é artista plástico como a mãe e foi, curiosamente orientado na França por um dos filósofos que admiro, Deleuze.
Com muito temor, adicionei e contactei o André. Prontamente me respondeu de forma muito educada se dispondo a me ajudar e me oferecendo o acervo da mãe da área de química em pdf. E assim, depois de algum tempo o fez e remeteu a mim, e disponibilizo em meu Google Drive.
Deixo algumas palavras sobre essa mulher incrível e professora dedicada aos estudos do ensino de química usando a epistemologia de Bachelard, inspirando a professora Alice a analisar livros didáticos para ensino médio usando a noção dos obstáculos epistemológicos, agora eu com o material didático para cegos em um determinado livro em áudio também.
Com muito carinho, professora Letícia, aonde a senhora estiver… Uma filha do acaso e do seu futuro! Pena que não nos cruzamos por aqui, por esse mundo, mas sei que em algum momento e em algum plano quem sabe todos nos encontremos.
Até nosso encontro em qualquer dimensão do tempo e do espaço, pós-vida, pois não tive essa sorte!
Cristiana
Letícia por André Parente:
Livros de Letícia Parente em pdf
(área de química)
Letícia Parente na Química:
Clique para acessar o Vol16No5_499_v16_n5_%2819%29.pdf
Mais informações sobre a vida e obra da professora, veja o seu site oficial e biografia:
http://www.leticiaparente.net/
http://www.andreparente.net/writings/#/letcia-parente/
Um pouco da arte de Letícia Parente:
http://galeriajaquelinemartins.com.br/artistas/leticia-parente/
http://www.artcontexto.com.br/artigo-edicao02_ficcao_realidade.html
http://site.videobrasil.org.br/festival/arquivo/festival/programa/1402240
http://revistas.pucsp.br/index.php/nexi/article/view/3170/15658
Clique para acessar o Regilene%20Sarzi-Ribeiro.pdf
Clique para acessar o CLAUDIO%20DA%20COSTA.pdf
Letícia Parente na mídia:
http://istoe.com.br/146730_CARTOGRAFIAS+FRONTEIRICAS/
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1203200711.htm
Letícia Parente por Andre Parente (seu filho)
Letícia Parente e a Vídeo Arte
Pioneira em Vídeo Arte no Brasil, Letícia Parente nasceu na Bahia, em 1930 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1991. Doutora em Química, estudou também Artes no NAC (Núcleo de Artes e Criatividade), em 1972, o que, segundo ela, lhe causou certo receio no início. Era estranho se apresentar como cientista profissional dentro da área, aparentemente “oposta” ou avessa à ciência.
Apesar de ter trabalhado com vários meios: pintura, gravura, desenho e fotografia, foi através das performances, registradas por máquina filmadora e que resultavam em produções de Vídeo Arte, que Letícia Parente se destacou.
Letícia vem de uma geração de artistas que queriam romper com paradigmas, principalmente relacionados à própria arte. Negavam a concepção de arte necessariamente ser contemplativa, estar em uma moldura, pendurada na parede e quase sempre estar direcionada para venda. Estes artistas queriam mostrar que havia outra forma de valorizar o fazer artístico, como a arte experimental que além de outras questões levava em conta o processo, em que o espectador participava e não via só o resultado final. Como ferramenta, algumas vezes, usavam o próprio corpo em suas representações, apropriando-se das tecnologias, do vídeo, da imagem em movimento.
Além de propor meios não convencionais para expressão artística e ser elemento ativo em seus vídeos que eram gravados na sua própria casa, havia também uma crítica social e política que permeava os trabalhos de Letícia Parente. Como é o caso de “Marca registrada” (1975) vídeo de 9 min., em que a artista, com uma linha e agulha, costura no próprio pé as palavras Made in Brasil. O rosto da artista não aparece, ficam em foco a sola do seu pé e sua mão bordando. O vídeo causa certo desconforto nos espectadores, uma certa aflição, possivelmente intencional. Transmite o incômodo que a artista sentia, não só pela ação mas também pelas questões subjetivas que ela implica. Como, por exemplo, o fato da costura e o bordado geralmente serem vistos como atribuições femininas em nossa sociedade. Há uma crítica à identidade nacional que tende a homogenizar a cultura, a comportamentos padronizados. Questiona a ideia de pertencimento a algum lugar ou a alguém, como o ferro que marca o boi. E ainda chama a atenção para a arte produzida no Brasil. Além da escolha do suporte para o bordado ser a sola do pé, sugere que estes conceitos “enraizados” são de alguma forma “pisados” ou rejeitados pela artista.
Preparação I (1975), In (1975), Preparação II (1976), Espetacular (1978), De Aflicti (1979) e tarefa I (1982) são alguns dos outros vídeos criados pela artista.
Vídeos:
Referências:
http://www.leticiaparente.net/
http://leticiaparente.net/frame_texto_Videoarte.htm
https://artebrasileirautfpr.wordpress.com/2013/03/06/leticia-parente-e-a-video-arte/
![Mario José Molina-Pasquel Henríquez (Cidade do México, 19 de março de 1943 – Cidade do México, 7 de outubro de 2020), conhecido como Mario Molina, foi um químico mexicano que se tornou conhecido por seu trabalho pioneiro na pesquisa de substâncias químicas que destroem a camada de ozônio na atmosfera.[1][2]](https://scontent-iad3-1.cdninstagram.com/v/t51.29350-15/336347426_770066554637225_2472975045056860236_n.webp?stp=dst-jpg&_nc_cat=107&ccb=1-7&_nc_sid=8ae9d6&_nc_ohc=jYjIUle9WSsAX_d4ElH&_nc_ht=scontent-iad3-1.cdninstagram.com&edm=ANo9K5cEAAAA&oh=00_AfDLGPUyrAwMbXq74BC_f5HACAWvm7pScfG78OTQm8IzBw&oe=64202004)
Pesquisas de Química 
Emociona mesmo ler esse artigo sobre a profa. Leticia, um ícone nas reuniões da SBPC e depois na SBQ. Parabéns pela matéria.
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Eu a estudei e estudei Bachelard por ela no Mestrado. É emocionante conhecer a biografia, vida e obra, tanto no Ensino de Química, como na arte.
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Que maravilha “Cristi”, que é como chama a nossa outra irmã. Além de tudo isso que foi citado, ela foi lindamente tambem mãe. As lagrimas de orgulho que cai sobre os meus olhos, tambem me fazem lembrar de suas peripecias. Obrigado pelas palavras e trabalho deste espaço tão lindo. Beijo. de Seu irmão Pedro Parente (Tambem virei multi facetas. Ciencia de tecnologia e artes visuais, plasticas e outras coisas… ) “A vida por si só não basta. Arte é necessária.”
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Quero conhecer mais, depois me contacte pelo facebook, estou no face do André. Obrigada pelos elogios, farei de tudo para divulgá-la como merece. Um bj
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