Um classe inteiramente nova de ligações de hidrogênio acaba de ser descrita. Ela ocorre entre um grupo boro–hidrogênio (B – H) e um sistema de elétrons pi de um anel benzênico. Essa ligação nada clássica B–H…π pode ser observada em fase gasosa, acoplando o diborano (B2H6) e o benzeno (C6H6), cuja força é comparável às ligações de hidrogênio que unem dímeros da molécula de água.
Dieter Cremer e Wenli Zou, do grupo de química computacional e teórica da Universidade Metodista do Sul (Dallas – EUA), trabalharam em cooperação com químicos de coordenação da Universidade de Nanjing (China). Eles investigaram a teoria de ligações de hidrogênio não clássicas que poderiam ser formadas entre um grupo B–H e estruturas orgânicas, e demonstraram um desses sistemas experimentalmente. Ligações não covalentes ente anéis aromáticos e um átomo de H unido a outro de C, N ou O são comuns e importantes em biologia molecular. Contudo, uma interação entre B–H e um anel aromático não havia sido vista até agora. Cálculos químicos quânticos sugeriam que uma ligação desse tipo poderia existir e que a interação seria eletrostática. Os químicos continuam fascinados com as interações por ligações de hidrogênio quase 100 anos depois de Latimer e Rodebush terem sido os pioneiros em propor o que é hoje um conceito clássico de ligação, segundo Scott Cockroft, da Universidade de Edinburgo (Reino Unido).
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O artigo foi publicado no Journal of the American Chemical Society em 24 de fevereiro passado. A ACS detém os direitos sobre a figura que ilustra este post:
http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jacs.6b01249
Publicado por Química Analítica Qualitativa Inorgânica UFRJ em Quarta, 9 de março de 2016
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