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Archive for julho \26\-03:00 2015


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Na quarta-feira passada, dia 23/07, pude vivenciar uma experiência muito gostosa entrando pelo portão da antiga ETFQ-RJ, ou simplesmente Federal de Química para nós ex-alunos (muitos conheceram ainda como CEFETEQ-RJ). Quando entrei me senti novamente como há 15 anos atrás, aliás, há 22, quando entrei lá, em 1993, no segundo semestre. Entrei lá nessa época, 1993 e saí mesmo de lá, em 2000 por conta de alguns projetos meus que dei continuidade e queria levar para UERJ e pesquisar um lava olhos que pudesse proteger pessoas que manipulassem sempre ácido fluorídrico (HF), mas não tive condições e nem infraestrutura de continuar com o projeto que advinha de um grande projeto sobre acidentes em laboratório que passei a pesquisar um produto importante toxico-farmacologicamente na segurança em laboratório que era o ácido em questão, que é de manuseio perigosíssimo. O que geramos foi uma ficha de informação para esse ácido, que na época apresentamos na RA da SBQ de 1996, em Poços de Caldas e assim fui seguindo e buscando vários meios de previnir acidentes com esse ácido até a ideia do lava olhos que parou nessa fase, de pesquisa. Voltar a subir aquelas escadas e me sentir uma aluna era uma coisa mais que interessante, eu ao me deparar com um painel que trazia algumas lembranças anteriores a mim, me fizeram entrar em uma espécie de túnel do tempo.

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Encontrei as professoras Rosângela Rosa que é uma amiga querida hoje e a minha madrinha de crisma, ex-professora e, hoje diretora geral do campus Maracanã (fato que me deixou muito feliz). Fui muito bem recebida.

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Foi na segunda palestra do dia, depois da aula introdutória sobre Ariano Suassuna que o professor Aramis David proferiu, o escritor e pesquisador especialista em cordel brasileiro, Aderaldo Luciano além da palestra ministrada com maestria, abriu suas falas com um poema meu, o “Espera”, do meu livro “Ebulições”:

E a emoção não parou por aí, logo depois, auditório cheio de alunos e professores do IFRJ e fui chamada para compor a mesa-redonda de autores da tarde. Fui eu, o ex-aluno também Antonio Madeira e o professor da casa, de análise instrumental, Hiram da Costa Araujo Filho que falava do pré-lançamento de seu livro com o professor Ademário Iris da Silva Junior.

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Depois tivemos um momento teatral dos alunos, de um grupo de alunos, o Coletivo Hidrogênio Nascente que apresentou esquetes de uma peça chamada “Paralelo Inóspito”, muito interessantes, sobre diversos temas que precisam ser conversados nos bancos escolares, tais como: Assédio, preconceitos raciais, religiosos, etc…

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Por fim, no encerramento, assistimos a peça divertidíssima que tratava também de assuntos muito reflexivos, com Marcos Americano, “Dia de louco”:

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Foi muito bom, e rever pessoas queridas ainda, foi demais…

Tem mais por aí… Aguardem, eu voltarei! =)

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Todos estão convidados para a minha participação no evento e para esse momento tão importante de nossa comunidade literário-acadêmica, na IFRJ, escola que frequentei, quando ETFQ-RJ, e que retorno nessa visita com muita honra.

Segue o programa e release do evento!

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Este é um assunto que muitas vezes é dado muito brevemente no ensino médio por restrições de tempo. Além disso, falar de radioatividade sempre suscita temas como bomba atômica, guerra nuclear etc… Afora isso, ela é parte integrante da natureza: existe, além do urânio e do tório, outros elementos com isótopos radioativos como o potássio (40K, 0,01% do K natural), 14C (usado em datação arqueológica), 3H (trítio, hidrogênio superpesado) e etc…
Os alunos Ketolly Natanne da Silva Leal, Rayana de Araújo Rodrigues e Marion Taynan Sabino Moura da Silva, todos do curso de Licenciatura Plena em Química, sob a orientação do Professor Dr. Francisco Ferreira Dantas Filho (todos da Universidade Estadual da Paraíba – Campus I), montaram um quebra-cabeça para introdução de conceitos relativos à radioatividade. O jogo foi trabalhado com alunos do 2°ano do ensino médio de uma escola pública do município de Queimadas–PB. Vejam as figuras que testemunham a experiência do jogo aplicada a esses alunos.
O jogo, denominado quebra-cabeça radioativo, é composto por 16 pares de perguntas e respostas com cores diferenciadas. Ao final da montagem do quebra cabeça, aparecerá uma imagem que se refere ao conteúdo abordado.
Forma-se dois grupos, cada grupo escolhe uma cor e um representante para ler as perguntas. Os cartões são numerados, cada um contendo uma pergunta; o representante escolhe aleatoriamente um cartão. Todos os cartões são necessários para a montagem do quebra-cabeça. O grupo só poderá pegar a peça correspondente ao cartão se responder corretamente à pergunta. Caso contrário, o outro grupo pode respondê-la.
No piso da sala colocaram-se dois tapetes pretos com detalhes referentes à cor dos cartões e com a imagem que devem montar a partir das peças conquistadas. Num tapete estará a imagem da Marie Curie, e no outro, o símbolo da radioatividade e um estetoscópio.
Vencerá o jogo o grupo que primeiro montar o quebra cabeça, porem a ideia principal não é apenas montar, e sim interpretar a imagem formada pelo quebra cabeça para que o grupo vença de fato. Ao termino da atividade propõe-se um debate para coleta de resultados obtidos junto aos participantes, permitindo a avaliação e o aprimoramento do jogo.
Uma amostra mais detalhada deste trabalho podee ser acessada pelo link: http://www.abq.org.br/cbq/2014/trabalhos/6/5616-18478.html. Os autores podem ser contatados para mais detalhes em relação ao jogo.
Parabéns aos autores deste projeto, provando que a criatividade pode superar muitas barreiras.

Texto do professor Júlio Carlos Afonso, do Instituto de Química da UFRJ, que administra a excelente página do facebook: https://www.facebook.com/QualitativaInorgUfrj/

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Estava na última quinta-feira me arrumando para ir para escola e decidir fazer uma colação na cantina do IQ, no 5º andar quando percebi a professora que organiza as visitas ao Instituto com uma turma de 3º ano de Nível Médio passando e resolvi perguntar o que faziam e para onde iriam, pois ouvi al2015-07-09 15.51.27guém falar do Museu da Química, que eu já tinha vontade de visitar e queria entrevistar o professor que organiza e mantém o acervo e espaço no 7º andar desse mesmo bloco A do CT, da Cidade Universitária e ela me disse que iria naquele momento, e foi quando perguntei se poderia acompanhá-los e fotografar e gravar o momento e ela disse que tudo bem e eu fui.

Lá encontrei o professor Júlio Carlos Afonso, que me deu aula, é um amigo do IQ e sempre parceiro no facebook, pois mantém uma página lá muito popular e ativa, sobre química, a página: https://www.facebook.com/QualitativaInorgUfrj e ele topou em que eu gravasse a visita e publicasse.2015-07-09 16.06.43

E agradecendo a ele pela permissão e pela matéria, desde já, repasso a todos as fotos das peças e o vídeo da visita.

Espero que professores de escolas secundárias se interessem em procurar o espaço para a visita tanto ao nosso Instituto quanto ao Museu, para essa viagem no mundo da química. Vai ser muito legal e serão bem vindos…

“Informações adicionais sobre o Museu da Química Professor Athos da Silveira Ramos, bem como horários para visitas podem ser obtidas pelo telefone: (21) 3938-7555 ou pelo e-mail julio@iq.ufrj.br.

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Dmitri Ivanovich Mendeleiev, professor de química russo, viveu no século XIX. Cabelos e barba brancos, longos e desgrenhados, aparência excêntrica como a de um cientista de desenho animado, Mendeleiev tinha um temperamento explosivo, era mau-humorado, metódico e obcecado pelo trabalho a ponto de escrever um livro de 500 páginas em 60 dias.

No dia 17 de fevereiro de 1869, depois de passar três dias e três noites inteiros debruçado sobre uma dúvida crucial que não conseguia resolver, Mendeleiev adormeceu, exausto. E, então, teve um sonho. Nele, revelou-se diante de seus olhos uma conexão lógica que o cientista estava procurando desesperadamente, sem conseguir chegar a uma conclusão. Como uma sequência de cartas de baralho (outra de suas manias) ele visualizou o conjunto dos elementos químicos numa ordem que parecia fazer sentido, encaixando-se perfeitamente.

Aquele sonho foi o marco de uma revolução: o ponto de partida da química moderna. Assim como Newton havia consolidado, com a Lei da Gravidade (séc. XVII), a explicação que deu sentido à física como ciência; assim como Darwin, com a Teoria da Evolução (séc. XIX), havia revelado o esquema universal da biologia; Mendeleiev sabia que sua descoberta era a grande resposta para as dúvidas que ainda pairavam sobre a química. Tudo o que se seguiu, até a descoberta do DNA e as mais recentes pesquisas de física nuclear, baseou-se naquele marco zero: a Tabela Periódica.

O conjunto de informações que existia, até então, sobre os elementos químicos, dava a impressão de que cada um deles tinha suas próprias características (peso atômico, gravidade específica, gravidade do óxido, gravidade do cloreto), e que os diferentes grupos de elementos (grupo oxigênio, grupo nitrogênio, grupo bismuto, grupo halógeno etc.) não tinham nenhuma relação entre si. Em outras palavras: nunca fora possível estabelecer um padrão lógico entre os elementos, o que era inaceitável para Mendeleiev. Se a química era uma ciência, precisava de um sistema que desse coerência a seus elementos.

A Tabela Periódica de Mendeleiev causou espanto entre os cientistas da época, pois conseguia abarcar todos os elementos que já haviam sido descobertos. Mas gerou também desconfianças devido às suas lacunas e aos números que não correspondiam à sequência. A certeza arrogante de Mendeleiev não se deixava abalar com as críticas: onde os números não se encaixavam, ele dizia que eram os números que estavam errados (o elemento teria sido pesado de forma incorreta); onde faltava um elemento com as características previstas pela Tabela, ele simplesmente colocava uma interrogação, afirmando que o elemento com tais qualidades existia, só não havia ainda sido descoberto.

Nas colunas verticais, da esquerda para a direita e de cima para baixo, estão os elementos por ordem ascendente de peso atômico; nas horizontais, os grupos de elementos com propriedades gradativas semelhantes. Onde se veem as interrogações antes dos números, deveriam estar os elementos ainda não descobertos; as outras interrogações indicam que há algo errado no peso dos elementos.

À medida que as descobertas de novos elementos vinham se encaixar perfeitamente no sistema de Mendeleiev, a Tabela Periódica consolidava-se como a grande “regra geral” da química. Como afirma Paul Strathern, “Mendeleiev classificara os tijolos do universo”.

Em 1955, o próprio cientista passou a fazer parte de sua construção. O tijolo de número 101 ganhou o nome de mendelévio, “apropriadamente, um elemento instável, sujeito a fissão nuclear espontânea”.

O livro

O livro O sonho de Mendeleiev elege como ponto de partida e de chegada a fascinante história dessa descoberta. Da vida pessoal à carreira profissional do cientista, do temperamento difícil aos acasos que estão por trás de todo grande acontecimento, a narrativa de Paul Strathern é simples e envolvente. Não é à toa: além de acadêmico, Strathern é jornalista e autor de romances e biografias (veja em “Sobre Paul Strathern”).

Já seria um ótimo livro se tratasse apenas de Mendeleiev e da Tabela Periódica. Mas, para explicar o significado daquele momento, o autor relata uma valiosa retrospectiva da história da ciência e da química, sempre fiel ao mesmo espírito: humanizar os acontecimentos, demonstrando que os feitos memoráveis que pontuam a história resultam de ações, relações, encontros e desencontros. A macro e a micro história interagem constantemente. Strathern nos delicia ao entremear os mais relevantes temas da evolução da ciência com informações e questionamentos curiosos a respeito da vida e da personalidade dos cientistas.

Quando comenta os erros e acertos da ciência, lembra-nos o óbvio (mas que tantas vezes fica fora das salas de aula): o saber científico não é construído apenas por gênios e em maravilhosas descobertas. Os erros também fazem parte da história, e em diálogo com eles que os cientistas buscam aprimorar seus conhecimentos, consolidar suas teorias, confrontar ideias para enfim chegar aos grandes marcos que conhecemos.

Idas e vinda temporais são conduzidas habilmente: a filosofia grega e as primeiras sistematizações científicas, Tales de Mileto, Heráclito, Sócrates, Aristóteles, a alquimia e as contribuições do mundo arábe, Paracelso, a descoberta dos elementos, Galileu, o método cartesiano. Ganchos da atualidade, como o Projeto Genoma e a nanotecnologia, reforçam esta ideia continuum, de eterna reelaboração dos desafios intelectuais e científicos que sempre seduziram e seduzirão a humanidade.

Enfim, é uma obra ao mesmo tempo ampla e simples, profunda e direta, ideal para quem deseja ter uma noção geral da história da ciência, em especial da química. Para os professores, O sonho de Mendeleiev, além do prazer da leitura, serve como um excelente livro de consulta. Ele pode enriquecer suas aulas com exemplos, curiosidades e uma visão mais humana das ciências. Conta ainda com um bom índice remissivo e referências comentadas capítulo a capítulo.

Da próxima vez que os alunos resmungarem algo como “Odeio Tabela Periódica!”, conte um pouco da história de um maluco chamado Mendeleiev, e de como um sonho foi o “culpado” por eles agora terem, diante de si, o mapa que explica a estrutura básica de todas as coisas.

Strathern, Paul, 1940, O sonho de Mendeleiev: a verdadeira história da química; tradução, Maria Luiza X. de A. Borges. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002

Ficha técnica do livro:

  • Título: O sonho de Mendeleiev – a verdadeira história da química
  • Autor: Paul Strathern
  • Gênero: Paradidático
  • Produção: Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

Publicado em 21/2/2003

Fonte: CECIERJ

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