Então, eu estava passeando pelo face e vendo algumas publicações e ontem passou por mim um Centros e Museus de Ciência do Brasil 2015 – pdf, e nele me deparei com um dos museus itinerantes dos quais sei da origem e eu faço parte (anonimamente) da história.O Ciência Móvel que tinha como ação a praça da ciência, do CECIERJ, idealizado e construído pelos esforços da professora Penha e coordenado pela professora Oneida e que hoje, parece ser denominado “Caravana da Ciência”. (saiba mais sobre o projeto, baixando e lendo a dissertação de mestrado pela FIOCRUZ da coordenadora do projeto).
Como eu fiz parte disso? Pois bem, infelizmente, não fiz parte integrante, apesar de convidada pela Penha e recebida com contrato já para ser assinado pela professora Oneida, no pólo da Mangueira para elaborar, confeccionar e executar oficinas pedagógicas pelo interior do Rio de Janeiro, por todo Estado, de quarta à domingo nas escolas bem carentes e nas ruas das cidades do interior.
Como isso aconteceu, esse convite? Pois bem… Estava eu, certa ocasião, quase me formando, e participando de uma carreta itinerante da WWF, sobre água e a professora Penha passou pelo Jardim Botânico e me viu em ação. Ela ficou encantada e ela disse para mim que existia um projeto que levava ciência para o Estado inteiro e que ela iria desenhar aquele caminhão e toda a logística dele e levar a ideia ao CECIERJ para que fosse a carreta para o projeto se movimentar.
Eu durante um bom tempo não vi a professora Penha e de repente ela me perocura dizendo: “Cristiana, você já se formou, afinal, estou precisando de você. Eu estou há anos querendo chamar você para um projeto. Vem no pólo da Mangueira com os documentos necessários e eu vou apresentar você lá para você ter uma bolsa como pesquisadora por lá, ok?”
Eu não entendi muito bem, e lá fui eu, e aí cheguei lá, a primeira coisa que ela me mostrou foi a carreta, imensa, estacionada na garagem do CIEP que sediava a parte administrativa do CECIERJ, daí fui levada a um tipo de escritório onde vários professores estavam trabalhando, criando oficinas e ela fez com os meus dados um contrato e pediu que eu assinasse, mas precisava, como eu ainda não tinha diploma do aval de uma professora (coordenava o meu curso), e infelizmente ela não se dispôs a assinar o meu contrato por conta de acho que 2 ou 3 matérias pendentes, mas que eu havia colado grau.
Eu perdi a oportunidade, quando precisava muito de fazer uma coisa que eu queria muito e que eu amava, uma vez desempregada da Schincariol, pois tinha sido demitida, eu estava precisando de dinheiro e dando aulas particulares, mas isso passou, é detalhe, o que foi interessante foi o que ela disse depois:
“Cris, eu trouxe a ideia da carreta porque você divulgou a sua ida ao Jardim Botânico e meu contato com a carreta da WWF. Eu queria muito que você estivesse junto, pois sei que você é dinâmica e adoraria. Usaria a sua criatividade, sua inquietude e faria um trabalho maravilhoso. Mas deixa pra lá, o que tiver de ser será.”
Nunca mais vi a professora Penha, mas agradeço até hoje a Deus tê-la conhecido através da minha querida ex-professora de inorgânica, Maura Mattos que trabalhava com ela, ainda quando o CECIERJ funcionava na UERJ.
Tem coisas na vida da gente que não imaginamos.
Nossa responsabilidade é grande, viver é um ato responsável, somos exemplo, somos uma rede. Acredito muito nisso.
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