Objetivo
Pesquisar sobre o que o aluno traz do senso comum e do Nível Fundamental sobre o conceito que construiu através dos anos anteriores ao do primeiro ano do Nível Médio do que é a química.
Introdução
No meu primeiro encontro com meus alunos de primeiro ano de nível médio pude debater de forma simplificada sobre o que poderia vir a ser a química.
A discussão foi interessante, pois alguns demonstraram curiosidades e desejos, tais como fazer pequenas experiências, entender alguns processos que podem ser explicados pela química no dia-a-dia.
Em determinado momento da aula, solicitei aos meus alunos de 6 turmas do primeiro ano da escola em que leciono pequenas redações que poderiam ser expressas como eles quisessem, ou seja através de palavras, desenhos ou outro tipo de lembrança qualquer, seja de música, do que lembravam que viram no Nível Fundamental com seus professores de ciências ou mesmo do senso comum, vindo de imprensa, jornais, revistas e do seu cotidiano, em família.
O resultado foi bastante interessante e trago abaixo, divididos em alguns grupos de acordo com a percepção dos alunos, alguns exemplos dessa atividade:
Breves
Visuais
Mesclando Imagens e Texto
Textuais
Conceituais
Os que dão exemplos
Os que têm alguma expectativa
OBS.: Não me baseei na dificuldade de escrita deles, nos erros ortográficos, de pontuação ou mesmo da lógica de suas escritas, e sim me importei no conteúdo que muitos traziam até mesmo em signos não verbais e sim visuais de sua compreensão do que era o tema abordado.
Observações
Observou-se que:
1) Os alunos muitas vezes não sabem conceituar o que entendem por, mas sabem exemplificar, na maioria das vezes o que sabem;
2) Muitos alunos não conseguem expressar em palavras, não conseguem escrever, então preferem esquematizar, diagramar ou desenhar algo que exemplifique o que foi solicitado explicar;
3) A confusão entre ser uma matéria que dará continuidade a matéria de ciências e não que ela é uma das que era abordada sempre no Nível Fundamental, bem como a confusão entre biologia, física e outras ciências é explícita.
4) A imagem da química como a que as pessoas que fazem parte dela são amalucadas e as experiências são sempre coloridas e gerando gases ainda é presente em alguns textos.
5) A maioria das redações apresentou uma grande expectativa e esperança de aprender coisas novas e que possam explicar situações do cotidiano e uma maior e melhor compreensão do mundo a partir de um maior leque de conhecimento científico.
Conclusões
Pôde-se concluir através das leituras e observações acima destacadas que o aluno traz uma visão um pouco estereotipada do que é o cotidiano e da imagem do químico, ainda. A necessidade de interdisciplinariedade é nítida, pois esses alunos não separam, distinguem muito bem os limites entre as ciências físicas, químicas e biológicas, o que não é tão negativo, até porque no mundo as coisas ocorrem dessa forma, global. Apesar da dificuldade de expressar seus anseios, os alunos demonstram ter expectativas positivas quanto ao seu aprendizado e esperam usá-lo no seu cotidiano e acreditam que o mediador, ou seja, nesse caso, o professor é um elemento primordial na facilitação desse caminho para a ampliação do horizonte e olhar usando dos conhecimentos científicos que conquistaram desse momento em diante.
Muito legal essa ideia. Também seria uma ideia legal perguntar isso pra eles no primeiro dia de aula, e em seguida explicar o que é química, átomo e etc e no segundo dia de aula perguntar a mesma coisa para ver o que mudou.
CurtirCurtir
A continuidade será dada, Diana, com certeza.
Estou só sondando a linguagem, o que eles sabem, qual o caminho percorrer, mas ideia é essa mesmo.
Bem vinda, comente sempre que se sentir bem e estimulada para contribuir no nosso processo contínuo de aprendizagem.
Um forte abraço,
Cristiana
CurtirCurtir
Obrigada!
CurtirCurtir
Por nada, querida e feliz dia das mulheres, aproveitando.
Abs,
Cristiana
CurtirCurtir
Menina gostei… Acho que vou copiar.
Jaime
CurtirCurtir
(risos)
Jaime, vc é ótimo. Pode copiar e publicar onde achar que deve. É para isso mesmo, para proliferar e podermos melhorar o cenário de nossa Educação.
Foi um prazer tê-lo aqui.
Volte sempre e comente todos os posts que se sentir bem em fazê-lo.
Abs,
Cristiana
CurtirCurtir
Teria muito que escrever nesta triste constatação. Mas vou apenas me limitar a responsabilizar a Academia e, principalmente em nosso Estado, por esses arroubos em nossos alunos na Escola Estadual.Vamos começar pelo nosso Instituto de Química – UFRJ, quantos querem ter o prazer de colocar a Educação Através da Química no centro dos debates? Sabemos que são poucos. Na verdade a maioria esta correndo atrás das tais verbas das suas pesquisas de bancada. Em seguida o Governo do Estado, através da SEDUC, que com uma grade curricular minima e um tal de currículo minimo, quer que tiremos leite de pedra.
CurtirCurtir
Marco,
Primeiro agradeço sua disposição em ler e comentar meu pequeno estudo.
Segundo, eu não acredito que precisemos responsabilizar a A ou B. É hora de arregaçarmos as mangas e usarmos do que sabemos e temos vontade e criarmos algum mecanismo para que o cenário se modifique e se modifique para melhor.
Precisamos olhar desse modo, senão vai sempre ficar nesse empurra-empurra e quem sofre são eles, o lado mais fraco da corda, os nossos alunos.
Obrigada pelo seu comentário, venha sempre que quiser e comente aos posts que se sentir a vontade.
Sempre será respondido,
Um forte abraço,
Cristiana
CurtirCurtir