Estou desde a semana passada participando do primeiro módulo da capacitação que me inscrevi no IQ UFRJ.
Esse módulo é dedicado ao curso sobre gestão de resíduos.
Está sendo muito intensivo, compacto, mas um bom exercício de reflexão, pois o professor Júlio no final de cada aula nos trouxe alguns vídeos sobre alguns desastres ambientais importantes e de impacto mundial.
O primeiro foi sobre a Union Carbide, em Bophal, na Índia que eu já postei aqui no blog anteriormente.
O segundo foi um documentário antigo da Globo Filmes, datado de 23 de dezembro de 1976, sobre acidentes ambientais aqui no Brasil. Mas no mesmo documentário falaram sobre a contaminação de águas de rios e mares com mercúrio (Hg), que também postei antes aqui nesse espaço.
Nesse documentário falaram e mostraram os efeitos da contaminação de mercúrio em humanos, animais que ingeriram peixes contaminados pelo metal em questão.
O efeito foi trágico e muito impactante, terrível. Todos que víamos na sala hoje nos sentimos mexidos com as imagens e quero trazer para vocês minha indignação: Por que o homem que se diz tão inteligente não respeita os limites da sua natureza, os limites do outro, não respeitam sequer uns aos outros?
Nada tendo a ver, mas lembrando do filme que vi ontem “Hannah Arendt” que levou para um lado filosófico o pensamento sobre o julgamento de um carrasco exterminador nazista de Hitler na Alemanha aos vários judeus exterminados em campos de concentração. Ela falava da falta de pensar dos homens que parece que esquecem que são humanos e se robotizam, se burocratizam se escravizando e cumprindo ordens sem pensar, sem levar em conta a humanidade, o sentimento ou sequer a dor do outro…
Traço um paralelo difícil de ser visto a priori entre os dois assuntos, pois penso que a falta do pensar, a falta de consciência é exatamente a mesma.
Ou seja, nós seremos tão nazistas quanto com o meio ambiente, com as nossas futuras gerações e com quem pode morar ao redor deonde pode ser o “ralo” deonde nossos dejetos serão depositados?
Se produzimos tão pouco, ou mesmo os evitamos, por que não tratamos dos nossos resíduos?
No caso das empresas que ainda não aprenderam a lição, é pra se pensar. Até quando?
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